Para Gabrielli, decisão do PT deve ser soberana

Após a polêmica declaração do governador Jaques Wagner que “quem tem quatro candidatos não tem nenhum”, José Sérgio Gabrielli, um dos postulantes a indicação na sucessão do Palácio de Ondina, classificou que, independentemente da preferência de Wagner, o debate sobre o tema ainda vai se estender até o final do ano. Para o secretário do Planejamento, “esse processo de discussão é um processo que vai continuar e vai chegar o momento que vai se tomar uma decisão”.

Admitindo, nas entrelinhas, ter um padrinho na transferência da presidência da Petrobras para a Secretaria de Planejamento, Gabrielli disfarçou ao falar sobre o tema – nos bastidores e na própria substituição de Zezéu Ribeiro à indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva veio à tona. “A minha vinda pra cá tem uma contribuição ao governo, para participar da equipe do governo. Tentar usar a minha experiência da Petrobras com o governador e trabalhar na equipe constituída por ele. Claramente com uma ideia de fazer isso, nós estaríamos nos aproximando mais da Bahia e, evidentemente, viabilizando para o partido uma outra escolha de pré-candidato”, sinalizou o secretário.

Sob o mesmo espectro de preferências pessoais e indicações, Gabrielli apontou, durante entrevista à rádio Tudo FM, que uma opção do governador Wagner não significa que uma decisão foi tomada. “O governador, na verdade, nunca revelou explicitamente essa preferência. Evidentemente, ele tem a preferência pessoal, acredito que é legítimo que ele tenha a preferência pessoal. Agora, o Partido dos Trabalhadores e a sociedade têm uma complexidade maior do que somente a escolha e a preferência individual”, sugeriu.

Sempre citando a permanência de quatro pré-candidatos no páreo – Rui Costa, secretário da Casa Civil e citado como predileto de Wagner, Walter Pinheiro, senador, e Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, além dele mesmo –, o secretário insistiu na ideia de que ainda não existe definição sobre qual candidato será apresentado pelo PT. Para ele, ainda há todo um processo de discussão que não vai cessar por enquanto. “O PT tem quatro pré-candidatos apresentados à sociedade e aos partidos aliados. Nesse sentido, a minha presença aqui no estado é uma presença muito articulada. Foi uma decisão partidária de apresentar quatro pré-candidatos”, indicou Gabrielli.

“Quem tem quatro pré-candidatos vai precisar escolher um. Como vai escolher um é que é o problema. Eu acredito que o governador Jaques Wagner tem um papel extremamente importante nessa escolha. Mas o partido tem um papel importante nessa escolha também. Os aliados, a sociedade e os candidatos têm uma participação importante nessa escolha. É um processo de escolha complexo”.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 18 de setembro de 2013

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