Gabrielli nega preferência do PT por Rui Costa para a sucessão de Wagner

Em meio à articulação para escolha do presidente estadual do PT e do candidato do partido à sucessão do governador Jaques Wagner, o secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, rechaçou a hipótese de um pré-candidato preferencial dentro da sigla. De acordo com ele, também incluído no rol dos postulantes ao Palácio de Ondina, apesar de intimamente ligados, a eleição interna do PT não necessariamente vai definir os rumos da eleição de 2014.

“O que aconteceu foi uma reunião para lançar a candidatura do companheiro Everaldo [Anunciação] para a presidente do partido. Entre os apoiadores dele existem muitos companheiros que me apoiam, muita gente que apoia o [Walter] Pinheiro, muita gente que apoia o [Luiz] Caetano e Rui [Costa]. O apoio que se teve para a candidatura de Everaldo para presidente não quer dizer o apoio necessariamente a um dos quatro candidatos a governador do PT”, avaliou Gabrielli em entrevista à rádio Tudo FM. Segundo o secretário, é possível, inclusive, que haja uma disputa entre os petistas pela presidência da sigla na Bahia.

Apesar de não falar abertamente sobre o assunto, nos bastidores ganha força a informação de que outro grupo se articula em torno do suplente de deputado federal Emiliano José para presidir o partido a partir do Processo de Eleição Direta, marcado para o próximo mês de novembro, contra a candidatura de Everaldo.

“Quatro candidaturas vivas”

Gabrielli estimula a ideia de que ainda permanecem vivas as quatro candidaturas petistas ao governo do Estado e ainda engrossa o discurso de que a legenda tem a primazia para indicar o sucessor de Wagner. “O PT é o partido maior do estado, tem 92 prefeitos, teve um milhão de votos a mais do que o segundo partido nas últimas eleições, tem o maior número de vereadores, tem o maior número de deputados estaduais, tem o maior número de deputados federais. O PT coordenou essa aliança em que todos os partidos cresceram, portanto, o PT tem legitimidade de reivindicar, indicar o candidato à sucessão”, afirmou.

Mesmo que mantenha o engajamento e o tom de que os quatro pré-candidatos petistas ao Palácio de Ondina estão num ritmo muito similar – contrariando as avaliações dos bastidores que colocam o secretário da Casa Civil, Rui Costa, como franco favorito do governador -, Gabrielli possui uma ponderação, já compartilhada em público com outro postulante, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. “Qualquer que seja o candidato terá todo o meu apoio e com certeza o partido vai solidificado”, sugeriu o secretário. “O PT, acredito que, no momento adequado, vai, por consultas internas, conversas entre o partido, o governador, a presidenta [Dilma Rousseff] e o ex-presidente Lula, com consulta às bases do nosso partido, nós vamos chegar a um candidato único”, assegurou.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 18 de junho de 2013

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