Sete partidos apoiam projeto de reforma tributária, PTN decide hoje
Tentando mostrar a força na articulação com os partidos da base do governo municipal frente aos sucessivos ataques da oposição, sete partidos anunciaram nessa quinta-feira (23/5) o apoio à aprovação da reforma tributária, encaminhada pelo Executivo à Câmara de Vereadores. Enquanto DEM, PSDB e PV anunciaram previamente estarem em acordo com a matéria proposta pelo Palácio Thomé de Souza, PMDB, PTB e PPS fecharam apoiar a aprovação do texto.
Com o PDT, que também já tinha se manifestado favoravelmente, o governo contabiliza uma bancada de 11 vereadores a favor da nova redação da legislação tributária soteropolitana. Uma oitava sigla, o PTN, define num café da manhã, hoje, o posicionamento. Nos bastidores, já é dada como certa a adesão dos seis vereadores do partido ao projeto.
De acordo com o líder do PTN no Legislativo, vereador Toinho Carolino, três vereadores se reuniram na tarde dessa quinta-feira (23/5) e já sinalizaram que devem acompanhar a bancada do governo e aprovar a reforma tributária. “Eu, Tiago Correia e Carlos Muniz conversamos e agendamos um café da manhã amanhã (hoje) para bater o martelo e sair com uma agenda positiva para a cidade”, antecipou Carolino.
A previsão inicial é que a decisão saísse nessa quinta-feira (23/5), porém a ausência da outra metade dos edis do partido impediu uma definição. “Não foram todos, mas acredito que os demais devem apoiar o projeto”, relatou o líder da legenda.
Pelo menos dois vereadores da bancada independente, Edvaldo Brito (PTB) e Odiosvaldo Vigas (PDT), também engrossam o número de apoiadores. “Acredito que não há resistência e vamos avançar no intuito de aprovar a reforma na próxima semana”, sinalizou o pedetista. Opinião semelhante tem Brito, que realizou reuniões com diversos setores e apresentou emendas que foram acatadas pelo Executivo.
Grandes sonegadores na mira
Para o líder do DEM, vereador Léo Prates, a reforma, que promete reduzir a carga tributária individual no mesmo tempo em que propõe a arrecadação da prefeitura, apertará o cerco contra grandes sonegadores. “Os pequenos contribuintes, aqueles que devem pouco, serão perdoados. Além disso, a reforma vai premiar os contribuintes através da implantação da Nota Salvador, permitindo ao cidadão receber parte do imposto com a exigência da nota fiscal na prestação de serviços”, avaliou.
Ao líder do governo, Joceval Rodrigues, couberam as críticas à postura adotada pelo deputado federal Nelson Pelegrino, que encaminhou indicativo à bancada do PT para rejeitar a reforma tributária. “É triste ver que o deputado federal Nelson Pelegrino tenha rachado a própria bancada com um comportamento magoado, revanchista, que quer atingir o prefeito ACM Neto porque perdeu a disputa de 2012”, provocou o governista.
Ele, porém, aponta que há uma tendência forte para que o projeto obtenha a maioria qualificada necessária. Em resposta, o petista Arnando Lessa defendeu o correligionário. “Nós já registramos essa estratégia do prefeito, através de aliados. É uma declaração infeliz de Joceval Rodrigues tentando fugir da discussão política.”
*publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 24 de maio de 2013