João Carlos Bacelar nega pressão para renúncia
Diferente das opiniões publicizadas pelo vereador Carlos Muniz (PTN), o secretário municipal de Educação, João Carlos Bacelar, negou a existência de pressão dos vereadores da bancada do partido na Câmara para a renúncia dele na pasta. Em entrevista ao programa Acorda Pra Vida (Tudo FM 102,5) nesta sexta (10), Bacelar destacou, entretanto, que há insatisfação dos vereadores na atenção aos pleitos junto ao Executivo municipal. “Há abertura para que as diversas correntes e os integrantes coloquem suas opiniões”, assegurou o titular da Educação e presidente licenciado do PTN.
O imbróglio entre a bancada do PTN na Câmara, explicitada por Muniz (veja aqui) e que teria apontado a renúncia de Bacelar como solução para as insatisfações, foi minimizado por Bacelar, que apontou o empenho da articulação política do governo para resolver as dificuldades apontadas pelos vereadores. “No que diz respeito a um pedido de afastamento meu, isso é muito mais espuma, é muito mais corredores do que realidade”, afirmou.
Sobre os indicativos de Muniz de que gostaria de ver seu partido na oposição – contemporizado por outros integrantes da bancada do PTN na Câmara de Salvador -, o secretário de Educação rechaçou a hipótese. “O PTN desde o primeiro momento participou da pré-campanha, participou da campanha e participa do governo. Nós temos responsabilidade com a administração do prefeito ACM Neto. O entendimento é possível e a bancada está unida”, garantiu Bacelar.
Frente aos comentários que circulam nos bastidores de que os vereadores brigam por mais espaço dentro do Executivo, Bacelar naturalizou essa luta como parte do processo de construção política de uma administração. “É natural da política que o partido cresça e o partido queira mais espaço dentro do governo”, avaliou o titular da Educação. Segundo ele, no entanto, poucas alterações foram perceptíveis na divisão dos espaços, quando comparado a gestão de Bacelar na Educação durante o mandato de João Henrique como prefeito. “Não houve mudanças grandes na equipe da secretaria de Educação. Continuou praticamente a mesma. Na secretaria de Educação, os espaços que eles tinham, continuam tendo”, apontou o secretário.
Mudanças – De acordo com João Carlos Bacelar, houve uma mudança no trato do PTN após o crescimento do partido no âmbito soteropolitano. “Tínhamos um vereador e em 2008 elegemos três. Agora que foram eleitos seis, parece que mudou o tratamento”, questionou o secretário de Educação – licenciado da presidência do PTN após a posse como titular da pasta na administração de ACM Neto.
“Eu me pergunto porque, desde que o PTN entrou na campanha de ACM Neto, essas coisas começaram a acontecer”, reclamou Bacelar após ser questionado sobre a quebra de sigilo bancário do partido no exercício 2007. Segundo ele, as suspeitas foram levantadas a partir de um equívoco nas transferências para as contas do partido dos percentuais descontados de detentores de mandatos filiados ao partido na Assembleia Legislativa e nas Câmaras de Vereadores de Salvador e Porto Seguro. “A transferência foi feita utilizando o CNPJ das casas, ao invés do CPF dos parlamentares das Câmaras de Salvador e Porto Seguro e da Assembleia”, explicou.