Briga por comando da CTS adia votação na Câmara de Vereadores

Prevista para ir à votação nessa quarta-feira (8/5) na Câmara de Vereadores, a transferência da Companhia de Transportes de Salvador (CTS) rende burburinhos nos bastidores antes mesmo de ser concretizada. Após uma articulação de vereadores da oposição, segundo o líder do governo, Joceval Rodrigues (PPS), a sessão ordinária do Legislativo nem chegou a acontecer e atrasou a aprovação da transferência do órgão para o governo do estado. Nos corredores, entretanto, o comentário era que a indicação do futuro presidente da companhia acirrou os ânimos e esquentou a disputa entre aliados do Palácio de Ondina no plano municipal – informação que Rodrigues afirma não ter conhecimento, mas que é sugerida por interlocutores ligados à minoria.

Mesmo com indicativos do governo do estado para que a votação fosse acelerada na Câmara de Vereadores, não houve quórum na sessão dessa quarta-feira (8/5) enquanto, de acordo com a liderança governista, oposicionistas aguardavam na sala anterior ao plenário para evitar a chegada de outros vereadores. “Um grupo de vereadores articulou para que não houvesse quórum para a sessão, articulado pela oposição. Hoje, o posicionamento deles foi contra a cidade e contra o metrô. Não entendi a razão para isso, pois esperava todo o empenho da oposição para votar a matéria”, disparou Rodrigues.

Fontes reservadas indicam que há uma batalha entre os vereadores do PT para abocanhar o comando da CTS e que a discussão estaria em torno do nome do ex-secretário de Transportes, José Matos (PP), que teria apoio de um dos petistas, provocando desentendimentos entre os integrantes da bancada de oposição. Matos não é unanimidade no seio oposicionista e, de acordo com o site Política Livre, poderia engrossar a relação de cargos indicados pelo PP – ainda que a articulação em torno dele não tenha sido lançada pelos progressistas. De acordo com o presidente regional da sigla na Bahia, deputado federal Mário Negromonte, no entanto, a informação não procede. “Não conversamos com o governo sobre o assunto”, frisou o progressista. “Como é que o partido vai se arvorar para um cargo que ainda nem existe”, assegurou Negromonte.

Por enquanto, não há demonstrações do governo do estado de que a CTS esteja em negociação. O interesse apresentado até então é pela urgência na aprovação da transferência para que a licitação do sistema metroviário seja publicada o quanto antes. No contexto de que o nome de José Matos estaria entre os supostos cotados para ocupar a companhia, Negromonte, porém, rasgou elogios ao correligionário. “Ele é um excelente quadro do PP e, se o governador oferecer ou perguntar uma indicação, o nome de José Matos é uma boa opção, pois fez um trabalho muito bom na secretaria”, enredou. Procurado, o líder da oposição, Gilmar Santiago (PT), não foi localizado para comentar.

Desvinculação – Após indicativos do governo municipal de que haveria uma vinculação entre o projeto de isenção do ISS do metrô e a reforma tributária, conforme publicado nessa quarta-feira (8/5) pela Tribuna, o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, reagiu às declarações e negou que haja correlação entre os projetos. “Não há como vincular uma coisa com a outra, mesmo porque a renúncia (por parte da Prefeitura) só ocorrerá quando as obras forem iniciadas”, declarou ao Política Livre.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 09 de maio de 2013

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