Petistas descartam abrir espaço para unidade em prol da reeleição de Dilma

Defendida no plano nacional como prioridade zero, a cessão de espaço para aliados na sucessão do governador Jaques Wagner na Bahia para a construção da reeleição da presidente Dilma Rousseff não encontra espaço na atual conjuntura política do PT no Nordeste. A avaliação é do presidente estadual do partido, Jonas Paulo, que coordena o grupo de presidentes estaduais da região no diretório nacional da sigla. “A reeleição da presidente Dilma é uma prioridade nacional. Agora a Bahia tem a prioridade absoluta que é a candidatura do PT ao governo do estado”, apontou Jonas Paulo.

Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirmaram o compromisso do PT com a manutenção de Dilma no Palácio do Planalto, mesmo que, em alguns estados, seja necessário compor com outras legendas da sigla aliada, passando a ocupar vagas secundárias, como a vice-governadoria ou o Senado – com exceção de alguns estados em que as candidaturas de petistas são consideradas consolidadas, como no Paraná, com a ministra Gleisi Hoffmann e no Rio de Janeiro, com o senador Lindbergh Farias. Em outros estados, entretanto, o PT avalia a composição das chapas, como no caso do Ceará e de Sergipe – a expectativa é que o PT mantenha ao menos um estado sob seu comando na região.

“No Ceará, a candidatura será encabeçada pelo PSB, com apoio do PT, e em Sergipe, o atual governador, Marcelo Déda, será candidato ao Senado numa chapa formada por partidos da base aliada”, indica o dirigente estadual da legenda na Bahia. Jonas Paulo, entretanto, admite que, em um cenário com poucos nomes competitivos do partido nos nove estados do Nordeste, o lançamento de um nome baiano se torna essencial para a consolidação da própria reeleição de Dilma. “Além da Bahia, podemos ter nomes competitivos na Paraíba ou no Piauí, mas ainda estamos avaliando”, afirma o petista.

Questionado se o PT baiano abriria mão da principal vaga da majoritária em 2014, Jonas Paulo preferiu não ser enfático, mas sugeriu que “o objetivo é garantir a unanimidade entre os partidos que compõem a base da presidente”. “Os outros partidos têm direito, têm legitimidade para pleitear a candidatura. Mas até pela configuração regional do Nordeste, o PT tem prioridade. Agora o partido tem que saber fazer bem a escolha do nome, para que seja um nome competitivo”, avaliou o petista.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 18 de abril de 2013

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