Governistas rebatem críticas à administração municipal
Três vozes do governo na Câmara de Vereadores defenderam nessa quarta-feira (20/2) com veemência as ações protagonizadas pelo Palácio Thomé de Souza criticadas pela oposição. Léo Prates e Cláudio Tinoco, ambos do DEM, e Tiago Correia (PTN) falaram do esvaziamento dos pontos aventados pelos adversários políticos e minimizaram os questionamentos dos vereadores Arnando Lessa (PT), que atacou o contrato firmado entre a Prefeitura de Salvador e a banda Psirico, e Everaldo Augusto (PCdoB), que criticou excessos na aplicação de multas de trânsito na capital baiana.
Para o líder do DEM na Câmara, Léo Prates, “não existe uma indústria de multas, como foi dito. As multas foram publicadas por uma questão legal e foram referentes à última administração”. O vereador classificou o discurso da oposição como “descabido” ao rebater o companheiro de legislativo comunista, que apontou a publicação de 70 mil multas de trânsito nos primeiros dias da atual gestão municipal.
Já o assunto da contratação sem licitação da banda Psirico, que desfilou sem cordas durante o Carnaval 2013, foi esclarecido por Cláudio Tinoco, ex-presidente da Saltur. “O que foi publicado foi um extrato de contrato, firmado há muito tempo pela Saltur e pelos empresários da banda Psirico. Foi assim quando a banda Eva e a Timbalada desfilaram sem cordas no ano passado. O valor pago é o equivalente ao cachê da banda, segundo indicativos do próprio mercado, e é estabelecido muito tempo antes do Carnaval”, detalha Tinoco.
A Saltur, entretanto, afirmou, por meio do diretor administrativo-financeiro, Paulo Melo, que o contrato no valor de R$ 100 mil não será pago pela prefeitura e a banda Psirico informou que uma empresa de bebidas patrocinou o “Arrastão do Psi”, que desfilou na sexta-feira durante o Carnaval. O assunto veio à tona após denúncia do vereador Lessa (PT), no plenário da Câmara.
Sobre as críticas da vereadora Fabíola Mansur (PSB) sobre as clínicas conveniadas com o SUS que estão com pagamentos atrasados desde a administração de João Henrique, Tiago Correia reconheceu o empenho do prefeito ACM Neto em solucionar a questão. “Eles chegam ao ponto de tentar responsabilizar a atual gestão pela decisão das clínicas de suspender o atendimento pelo SUS em Salvador, quando todos sabem que isso ocorreu por conta de uma dívida herdada. Isso é falta de responsabilidade com a cidade. A oposição deveria, sim, é atuar para ajudar a Prefeitura a resolver essa questão”, defendeu Correia.
*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 21 de fevereiro de 2013. Reprodução autorizada desde que citada a origem da matéria.