Comissão de Transportes testa articulação da oposição

Indicado pela oposição para a presidência da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais, o petista Henrique Carballal e a bancada de oposição vão testar seu poder de articulação junto aos demais companheiros de Câmara na terça-feira, quando a comissão define quem deve presidi-la. O principal argumento seria o acordo com o presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB) para que a oposição controle o colegiado. Contra o petista, porém, pesa a ligação com o setor empresarial do sistema rodoviário da capital baiana, segundo informações de bastidores.

Único oposicionista entre os sete integrantes nomeados para a comissão, Carballal vai enfrentar os vereadores Euvaldo Jorge (PP) e Alberto Braga (PSC) na luta pela indicação para a presidência. A missão não será fácil, conforme aponta o progressista. “Eu coloquei meu nome por conhecer a área, por ter sido secretário de Transportes. Agora cabe aos membros da comissão decidir. Todos que têm interesse em participar das comissões têm condições de pleitear a presidência”, apontou Euvaldo Jorge. Entre os vereadores, ele é quem aparece como melhor articulado para obter a maioria no colegiado. O entrave de Euvaldo é o principal trunfo do petista, a negociação entre o presidente Paulo Câmara e a oposição, ainda durante a formação da mesa diretora.

“Eu fiz esse acordo com a oposição”, admite Câmara. Ainda assim, o tucano aponta não ter controle sobre as opções dos vereadores. “Eu não posso impedir que alguém seja candidato a presidência de uma comissão. É direito de todo membro concorrer, o que pode acontecer também em outras comissões”, sugere o chefe do Legislativo soteropolitano. Segundo Câmara, com todos os nomes dos integrantes das comissões publicados no Diário Oficial do Município, a decisão final sobre a direção dos colegiados deve acontecer apenas na terça-feira, após a leitura dos membros no plenário na sessão ordinária de hoje. “Eu publiquei da forma como foi feito o acordo. Os primeiro e segundo nomes seriam os presidentes e vices, porém a decisão final cabe aos membros das comissões”, esquiva-se o dirigente.

Para os social-cristãos, um indicativo de apoio do prefeito ACM Neto (DEM) ao vereador Alberto Braga significaria um gesto importante para conquistar, em definitivo, o PSC para a base do governo. Braga relata ter conversado com o prefeito sobre o assunto, mas mantém as negociações com os demais integrantes da comissão. “A movimentação não para. O PSC não teve espaço na mesa, então achamos que o partido deveria presidir uma comissão de destaque. Mas essa questão só vai ser decidida nos 45 minutos do segundo tempo”, comparou o vereador. Com três candidatos, Marcell Moraes (PV), Duda Sanches (PSD), Pedrinho Pepê (PMDB) e Tiago Correia (PTN) terão o poder de decidir quem será o presidente. Procurado pela reportagem, Carballal não foi localizado para comentar o assunto.

*Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 18 de fevereiro de 2013. Reprodução autorizada desde que citada a origem da matéria.

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