Paulo Câmara é o preferido por vereadores que apoiam ACM Neto
Neste sábado, a base do prefeito ACM Neto (DEM) deve chegar a uma definição sobre a candidatura a presidência da Câmara de Salvador. Pelo menos é essa a expectativa de parte dos vereadores consultados pela Tribuna, que apontam, preferindo o anonimato, Paulo Câmara (PSDB) à frente no processo de articulação. O tucano disputa a preferência dos companheiros de legislativo com três vereadores do PTN, Carlos Muniz, Geraldo Jr. e Alan Castro, porém a falta de entendimento interno dentro do PTN facilitou para Câmara, nessa sexta-feira (21), arregimentar apoios como os dos estreantes Soldado Prisco (PSDB) e Leandro Guerrilha (PSL).
O anúncio de Prisco estava dentro do esperado, até por ambos fazerem parte da mesma legenda – ainda que, na Câmara, essa lógica não prevaleça. Já Guerrilha declarou apoio oficial ao tucano na rádio Tudo FM, durante uma breve participação de Câmara na programação. “Paulo trouxe ideias inovadoras para a Casa, principalmente a criação da Comissão da Família. Ele foi sensível a esta nossa conversa. Todo mundo que pensa em defender a família, eu estou dentro. […] E ele já tem o Câmara no nome, né?”, afirmou o vereador, que também é locutor da emissora.
Além dos dois, o peessedebista já havia amealhado o apoio público do PMDB, com uma declaração do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Seguindo essa tendência, apenas com os apoios públicos, Câmara acumularia cinco votos, porém bastidores o colocam como o candidato em franca ascensão. “No começo da semana, Carlos Muniz estava na frente, mas, com a indefinição do PTN, Paulo Câmara conseguiu apoios importantes”, sugeriu outro vereador da base de Neto, que preferiu não revelar o nome ou a preferência por quaisquer dos candidatos. A mesma fonte sugeriu que a briga interna do PTN talvez seja a peça mais importante do quebra-cabeça pela presidência da Casa.
O principal impasse para as candidaturas de Muniz, Geraldo Jr. e Castro, na opinião dos vereadores consultados, é a falta de unidade dentro da própria sigla, pois, segundo informações, a única solicitação do prefeito junto aos edis foi para que houvesse consenso entre os integrantes da base.
*Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 22 e 23 de dezembro de 2012