Vereadores buscam presidência da Casa
Cada vez mais próxima, a eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Salvador no dia 02 de janeiro agita burburinhos entre os postulantes ao cargo, que brotam de todos os lados em busca da vaga. No campo da coalizão em torno de ACM Neto (DEM), o candidato que mais agregou apoios foi Paulo Câmara (PSDB), porém ainda circulam os esforços de Carlos Muniz, Geraldo Jr. e Alan Castro, todos do PTN, que têm o trunfo de compor a maior bancada da base do prefeito no Legislativo municipal. A previsão inicial era de uma definição do nome da sigla na sexta-feira, porém, até o momento, nenhuma decisão veio a público – segundo fontes da Tribuna, o presidente estadual da sigla, João Carlos Bacelar, deverá indicar o candidato.
Apresentado como candidato do PT na semana passada, o vereador Henrique Carballal tenta se viabilizar como candidato da oposição. Em reunião dos companheiros de partido, Carballal foi escolhido frente ao correligionário Suíca. A falta de unanimidade dentro da própria legenda é um dos desafios do petista, que corre para formalizar o apoio do PCdoB e do PSB. Há informações, entretanto, que o nome dele encontra resistência entre os companheiros de bancada, o que pode inviabilizar uma unificação na sua órbita.
A ascensão do petista era prevista desde a campanha eleitoral, quando o candidato Nelson Pelegrino declarou que o apoiaria caso obtivesse êxito na eleição. Carballal teria contabilizado também o aval de dirigentes influentes da sigla para postular a presidência, como o governador Jaques Wagner. Confirmada mais de uma candidatura na base de ACM Neto, a possibilidade de vitória do petista é maior – caso eleito presidente, Carballal realizaria um feito pouco usual nas últimas legislaturas, com um vereador de oposição comandando a Câmara.
O pedetista Odiosvaldo Vigas tenta construir o próprio nome, porém é visto como pouco provável como nome unificador no campo. Outro citado é Edvaldo Brito (PRB), que anunciou anteriormente que só aceitaria ser candidato caso houvesse um consenso entre governo e oposição.
Antes de empossada a nova legislatura, a Câmara deve ainda discutir assuntos que aguardam na pauta de votações, entre eles a Lei do Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos), as contas do prefeito João Henrique e a reforma administrativa, encaminhada por JH ao Legislativo a pedido de Neto. Segundo o líder do governo, vereador Téo Senna (PTC), a expectativa é que a reunião do colégio de líderes que acontece hoje defina uma agenda de votações para as duas últimas semanas de atividade.
* Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 11 de dezembro de 2012