Velho Chico tem ajuda da burocracia para resistir às obras de transposição
Uma comitiva de deputados federais visitou nessa quinta-feira (8/11) as obras do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco, mais precisamente o trecho sob responsabilidade do Exército em Floresta (PE), um dos mais adiantados do complexo. De acordo com o deputado federal Mário Negromonte (PP), único baiano a participar da visita, a intenção foi mostrar as obras do trecho operado pelo Exército para que os parlamentares vejam como podem ajudar para que a construção seja finalizada no menor tempo possível.
“O presidente da Comissão de Orçamentos, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), acompanhou a visita e vai analisar algumas medidas para que a Câmara ajude a colocar em dia as obras atrasadas”, disse Negromonte, cuja área de origem política fica às margens do Rio São Francisco, na cidade baiana de Paulo Afonso. Para ele, a participação do presidente da Comissão de Orçamentos da Câmara foi um fator positivo da visita. Além do baiano, outro parlamentar com ligação com o Velho Chico a participar da visita foi o pernambucano Gonzaga Patriota (PSB), da região de Petrolina. De acordo com o parlamentar, a previsão inicial é que o trecho visitado fique pronto até o final do ano.
“O processo é muito lento. A burocracia, a questão das licenças ambientais, as questões jurídicas atrasam o processo. A Câmara tem que estar antenada para ajudar nessas situações. Faltam mais recursos para terminar as obras, e é possível que alguns trechos tenham que passar por novas licitações”, explicou. Soma-se aos problemas citados uma série de divergências entre as empresas contratadas para realizar a obra e o governo federal, especialmente com relação a questões de valores contratuais. O trecho visitado pelos parlamentares sofreu intervenção estatal, que transferiu a responsabilidade da finalização da construção para as Forças Armadas, situação aventada pelos deputados que participaram da visita para que se repetisse.
Segundo Mário Negromonte, a obra de 6 km está 97% finalizada, restando apenas pequenos ajustes. “A subestação seguinte é de responsabilidade de uma empresa privada, o que não permite que façamos uma previsão das obras. A luz amarela está acesa, e os deputados sugeriram até que o Exército tocasse a construção do restante da obra”, ressaltou.
* Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 09 de novembro de 2012