Vereadores agora falam em votar contas em regime de urgência
A maioria governista na Câmara de Salvador conseguiu chegar à reta final das eleições 2012 sem votar as contas do exercício 2010 do Palácio Thomé de Souza, que estão na casa há mais de seis meses. A novidade é que agora os próprios integrantes da bancada começam a suscitar a aprovação do regime de urgência para votar logo após a eleição – possivelmente junto com as contas de 2009, que chegam ao Legislativo nesta quinta-feira (27/9).
“O requerimento continua com as 13 assinaturas de sempre”, lamentou a líder da oposição na Câmara, Vânia Galvão (PT). Para que houvesse a votação, Vânia precisaria de mais um apoio à urgência, assinada pelas bancadas do PT, do PCdoB e pelos vereadores Adriano Meirelles (PR), Andréa Mendonça (PV), Sandoval Guimarães (PMDB) e Paulo Magalhães (PSC).
Nessa quarta-feira (26), porém, pela primeira vez, outro peemedebista, Alfredo Mangueira, admitiu ao site Bahia Notícias assinar o requerimento e antecipou votar pela rejeição. Com esse movimento, é possível que, assim que houver sessão, as contas sejam finalmente inseridas na pauta de votação.
O próprio Téo Senna (PTC), líder do governo na Casa, admite a possibilidade da urgência. “Eu sempre fui a favor de votar as contas antes da eleição. Agora, quando foi se aproximando, eu vi que não ia votar, por causa do momento político-partidário dos vereadores. Depois da eleição, a matéria deve ser votada”, relatou Senna. Nos bastidores, a informação é que a maioria qualificada para aprovar as contas não estava assegurada, por isso o receio do governo.
No bloco dos indecisos, entretanto, seguem vereadores como Orlando Palhinha, correligionário do prefeito. “Não fui procurado e não acho que cabe assinar o requerimento. Deixa isso para o pessoal da oposição”, apontou.
*Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 27 de setembro de 2012
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