PT acha que efeito do mensalão nas campanhas será pequeno

O discurso aparenta estar alinhado. O resultado é a unanimidade entre as principais lideranças do PT de que o efeito do mensalão nas urnas do próximo dia 07 de outubro será menor do que apostam adversários. “O mensalão é uma questão que diz respeito ao financiamento de campanhas. O PT defende a reforma política e o financiamento público de campanha. Não acredito que isso influencie na eleição”, aponta o presidente estadual da sigla, Jonas Paulo. No começo da campanha, entretanto, o próprio dirigente negava a existência do objeto de análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo ele, o episódio em julgamento pelo STF é mais uma questão política do que jurídica. “A relação entre o capital privado e as campanhas é uma relação nefasta à democracia”, analisa o dirigente, citando que há uma contaminação dos poderes a partir dessa relação entre empresas e o financiamento de campanhas. Essa situação, entretanto, poderia ter sido evitada, na opinião de Jonas Paulo, caso o Legislativo demarcasse o funcionamento das doações para políticos, “se sete anos atrás a reforma política tivesse sido aprovada”.

Sobre os virtuais usos políticos do julgamento, o dirigente prefere não comentar. “Isso aí é com os adversários”, tangenciou o presidente estadual do PT. Outro petista de grande calibre a comentar o eventual aparelhamento político do julgamento do mensalão foi o governador Jaques Wagner. Em São Paulo para participar de um jantar de adesão à candidatura do correligionário Fernando Haddad, Wagner disse que esperava um julgamento frio, mas “acabou sendo apimentado”.

Defendendo que o mensalão não deve afetar a campanha de rua dos candidatos ligados ao PT, o governador apontou que o julgamento político do partido aconteceu em 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou reeleito e ele venceu as eleições para o Governo da Bahia no primeiro turno. “As condenações não são do PT e sim de pessoas do partido. Eu não sinto na campanha de rua influência do mensalão”, afirmou.

* Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 18 de setembro de 2012. Reportagem complementar à matéria DEM traz mensalão para campanha, de Fernanda Chagas.

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