Jaques Wagner aposta em segundo turno
Antes que alguém tente capitalizar a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Jaques Wagner faz questão de dizer: “quem trouxe o presidente Lula para cá fui eu”. A afirmação foi feita durante a inauguração da sede provisória da Base Comunitária de Segurança no Bairro da Paz ontem e demonstra a confiança do comandante estadual na participação de Lula na campanha de Nelson Pelegrino (PT), hoje, na Praça Castro Alves. Sem muitas ressalvas, o governador é cético com relações as pesquisas, mas admite que elas indicam uma tendência. “Os resultados das últimas pesquisas já apontam o segundo turno nas eleições de Salvador. Eu acho que tem muita gente precipitada, querendo anunciar a eleição, mas quem anuncia o final é a urna no dia 07 de outubro e eu sou o maior exemplo disso. Então tem que ter um pouquinho mais de calma. Eu acho que as coisas estão se revelando”, relatou à Tribuna.
O chefe do Executivo estadual afirmou que recebe Lula no aeroporto e, em seguida, vão ao Palácio de Ondina, onde aguardam até o comício, agendado para as 19h. “Depois do comício, voltamos para Ondina, onde jantamos e no sábado vamos juntos para Feira de Santana”, antecipou Wagner. Na Princesa do Sertão, o governador e o ex-presidente participam de atividade de apoio ao candidato Zé Neto (PT). “Estou na campanha desde o início. Eu já fiz a minha intervenção na televisão e, evidente que eu, no ato de governar, não posso fazer campanha no dia-a-dia. O importante são as nossas aparições tanto na televisão e o apoio”, sugeriu.
Apesar da confiança, o governador prefere ser cauteloso quanto à influência do ex-presidente nas urnas. “É lógico que ele sempre é uma figura referencial, com a capacidade dele de conversar com a população e emitir a sua opinião. O peso da opinião dele não vai mudar a de ninguém. que pesa é que ele é o comandante de um projeto político com êxito no Brasil”, comentou Wagner, que aproveitou para alfinetar os adversários do PT. “Vários dos que estão aí se apresentando já passaram antes pelos governos durante muito tempo e não me consta que eles tenham feito a revolução administrativa que agora eles apregoam”, desafiou.
* Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 14 de setembro de 2012