Ainda são os mesmos como os próprios pais
Algumas experiências são indescritíveis, mesmo para aqueles que as vivenciaram. No último sábado (19/03), ao ter participado de um cerimonial que continha as Cerimônias Chevalier e Legião de Honra no idioma original que foi escrito por Frank Sherman Land, tive uma dessas marcantes experiências. A ida a Boise, capital de Idaho, era esperada desde antes do embarque para os EUA. Por e-mail, Greg avisou que nesse final de semana ele teria que ir até lá para participar das cerimônias e que eu deveria ir com ele. Afinal, as aulas só começariam na segunda (21). A viagem, como relatei nos dois últimos posts, foi incrível, a começar pelas paisagens montanhosas, em alguns momento cobertas com um manto branco de neve. Mas estar lá, no Templo de uma Loja americana e assistir aquelas Cerimônias me fizeram sentir uma emoção que ainda não consegui relatar com todos os detalhes.
Eram seis Past Mestres Conselheiros Estaduais de Idaho presentes. O mais antigo, Frank Ilett, foi MCE em 1959-1960, quando nem meus pais imaginavam nascer. Homenageado por completar 50 de atividade Maçônica, o senhor que ter entre 60 e 70 anos, levantou para afirmar em alto e bom som: “eu conheci Dad Land pessoalmente”. Aquilo parece uma marca registrada da antiguidade aqui nos EUA. Você pode até ser velho na Ordem DeMolay, mas se você conheceu Dad Land pessoalmente você é considerado patrimônio imaterial da Ordem, algo que jamais será superado. Pena que logo após a homenagem o jovem senhor saiu acompanhado por sua esposa, o que impediu perguntas e mais perguntas.
Na sequência, assisti duas Cerimônias com rigor ritualístico incrível. Lógico que existiram alguns pequenos erros, afinal eram humanos, mas eles tinham o máximo de cuidado para seguir o que está escrito no manual de cerimônias, o mesmo que Dad Land havia participado da construção, algumas décadas atrás. A grande diferença, entretanto, faz parte do nosso cotidiano como brasileiros. Faltou aquela emoção que perpassa por todos os que estão sendo homenageados para aqueles que fazem a cerimônia ou que assistem. Lembro que todas as homenagens que participei (excetuando-se algumas, claro), essa foi a menos emotiva, se é que posso falar assim. Porém, apesar da falta de emoção deles, eu estava bastante empolgado em assistir às cerimônias.
Eles ainda são os mesmos e alguns vivem, felizmente ou infelizmente, como os próprios pais…
Eu imagino o que você deve ter sentido meu irmão.
Espero ter a oportunidade de participar de momentos iguais à estes nos EUA. Estar nestes lugares marcantes, com pessoas que fazem a Ordem DeMolay há mais de 5 décadas, deve ser algo alucinante pra quem é viciado na Ordem.
Mantenha-nos informados destas experiências meu irmão, tanto da sua rotina de estudos aí, quanto das novidades DeMolay.
Forte Abraço.