Pros e Solidariedade partidos articulam bancadas

Recém-nascidos, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros), com número 90, e o Partido Solidariedade (77) buscam agora consolidar as bancadas na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa e, de quebra, na Câmara de Salvador. A expectativa dos deputados federais Maurício Trindade (Pros) e Marcos Medrado (SDD), dirigentes baianos das legendas, é que as siglas sejam consideradas de porte médio, com número significativo de representantes nas três instâncias de Legislativo e ainda no Executivo.

Primeiro a ser aprovado na sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da última terça-feira, o Pros terá como presidente na Bahia o secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador, o deputado federal licenciado Maurício Trindade. “O diretório nacional estabeleceu que os deputados federais presidirão os partidos nos seus respectivos estados e, por isso, eu vou ficar na presidência”, relatou Trindade. Ao assumir a presidência do Pros, no entanto, o secretário cria um imbróglio na prefeitura. De acordo com o decreto do prefeito ACM Neto (DEM), titulares de secretarias não devem ser dirigentes partidários. “O prefeito vai saber como contornar a situação. Ele entende que é importante o partido sob o nosso comando”, avaliou.

Segundo ele, com a independência em cada unidade da federação, o Pros da Bahia fará parte da esfera de influência do grupo do atual prefeito da capital baiana e, no plano nacional, ainda não há um martelo batido. “Conversamos com a ministra Ideli (Salvati, da Secretaria de Relações Institucionais) e vamos agendar uma reunião com a presidente Dilma (Rousseff) para definir a posição”, completou o antigo filiado ao PR. “O partido tem como principais bandeiras a diminuição dos impostos em todos os níveis e colocará o social como prioridade. Nos partidos que estão aí, a economia é mais prioridade do que o social”, reclamou Trindade.

Se o Pros ainda tem o posicionamento indefinido no plano nacional, o Solidariedade caminha para aproximação com o principal oposicionista a Dilma, senador Aécio Neves (PSDB). Medrado, todavia, prefere cautela. “Vou fazer as andanças, conversando com as pessoas, e até o sábado teremos novidades. Por enquanto, posso antecipar que somos 20 deputados federais e que devemos começar com 30”, assegura Medrado.

Negociações avançam

Com pouco mais de uma semana para filiar eventuais candidatos em 2014, tanto o Pros quanto o Solidariedade correm contra o tempo para garantir bons nomes nas urnas. As negociações andam sob sigilo e ninguém antecipa os futuros filiados, aguardam apenas a definição para divulgação.

Enquanto no Pros o único deputado federal a migrar será o próprio Trindade, o Solidariedade já contabiliza outros dois nomes além de Medrado, Luiz Argolo (ex-PP) e Arthur Maia (ex-PMDB). Já na esfera estadual, contudo, o silêncio é preponderante nos dois casos. “Estamos quase certos com três deputados, porém não posso falar ainda”, afirma Trindade. Medrado, por sua vez, é um pouco mais modesto. “Temos confirmados um deputado, mas esse número ainda vai aumentar”, assegura.

A Câmara de Salvador ainda terá uma dança das cadeiras um pouco maior, de acordo com as análises dos dirigentes. Medrado aponta as negociações com três vereadores diretamente, porém sinaliza que o comando do diretório municipal será decisivo para a filiação. “Dois vereadores estão interessados e colocam como condição”.

No caso do Pros, a expectativa é que ele herde a condição de maior bancada do governo na Câmara – informações de bastidores indicam que pelo menos dois vereadores devem sair do PTN. “Esse número pode chegar a nove, porém o certo é que no mínimo três ou quadro”, aponta Trindade.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 26 de setembro de 2013

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