Gabrielli diz que denúncias contra a Petrobras são “eleitoreiras”

Apenas citado nas denúncias que sugerem a atuação de lobistas ligados ao PMDB dentro da Petrobras, o ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, classificou como “eleitoreiras” as acusações de que ele poderia ter participado de um esquema montado na diretoria internacional da instituição. Em conversa com a Tribuna, Gabrielli creditou o aparecimento do nome dele em reportagem da revista Época a interesses eleitorais que tentam reduzir a participação dele na corrida eleitoral de 2014 – atualmente como secretário do Planejamento, ele é um dos pré-candidatos do PT à sucessão do governador Jaques Wagner.

“Não conheço o João Augusto (autor das denúncias no semanário). Tudo isso não passa da imaginação rica de alguém. Isso é um problema entre a Época e a fonte dela. Acho que tem um compromisso eleitoreiro nas denúncias”, avalia Gabrielli. Na reportagem da Época, João Augusto aparece como um lobista que atuava dentro da diretoria internacional da Petrobras sob influência da bancada do PMDB de Minas Gerais para amealhar recursos para financiamento de campanha e também para facilitar o andamento de processos.

É numa situação envolvendo um contrato entre a Odebrecht e a empresa que João Augusto cita Gabrielli como avalista para que seja celebrada a parceria. O ex-presidente da Petrobras nega. “João Augusto trabalhou na Petrobras até 1999. Eu entrei em 2003. Nem conheço ele”, assegura o petista. Com passagem recente pelo Congresso Nacional para falar sobre a compra e venda de uma refinaria em Pasadena (EUA), Gabrielli mostrou-se tranquilo quando instado a comentar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ações da Petrobras. “Em 2009 já foi feita uma CPI e nenhuma irregularidade foi encontrada. E completa: “Não há objeto para investigação ou criação de uma CPI”. “Agora, se o PMDB da Bahia quer fazer uma guerra eleitoral…”, divaga.

Membro da bancada do PMDB na Câmara Federal, Lucio Vieira Lima evitou falar do ex-presidente. De acordo com o peemedebista, a possibilidade de instaurar uma CPI para investigar as denúncias é remota, porém os nomes que aparecem na reportagem podem ser convidados a prestar esclarecimentos no Congresso Nacional. “O autor da denúncia, principalmente. Gabrielli eu acredito que não”, minimiza Vieira Lima.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 14 de agosto de 2013

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