Prefeitura corre para deixar a lista de inadimplentes e ter direito a recursos

Impedida de receber recursos de convênios há dois anos e meio, Salvador está prestes a ser finalmente excluída da lista restritiva do Cadastro Único de Convênios (Cauc). A previsão de saída do Cauc até o final de julho foi sugerida pelo prefeito ACM Neto (DEM) em entrevista na última sexta-feira e começou a circular com força nos bastidores a informação de que deve acontecer até a próxima semana. Fontes sugerem que, das mais de 100 certidões necessárias para concluir a exclusão, “um número bem ínfimo ainda está pendente”.

“Se tudo der certo, nas próximas semanas, depois de dois anos e meio, nós vamos tirar Salvador do Cauc, o Cadin da administração pública. Salvador não pode receber recursos, não pode contrair empréstimos, porque está na lista dos fichas-sujas”, antecipou o prefeito em entrevista numa emissora de rádio local. Segundo ele, o prazo final não deve atingir o mês de agosto, conforme apontado por pessoas próximas à administração do Palácio Thomé de Souza.

Também no rádio, o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara de Salvador, Cláudio Tinoco (DEM), admitiu que “está muito próximo do prefeito ACM Neto tirar Salvador desse sistema e, consequentemente, poder fazer operações de crédito e financiamento, ampliando a receita”. Membro da bancada de governo – e conhecido por sua proximidade com o prefeito –, Tinoco foi o primeiro a sinalizar em público a possibilidade da capital baiana deixar o Cauc nos próximos dias.

Líder governista na Câmara, o vereador Joceval Rodrigues (PPS) também aponta um prazo ainda mais curto que o previsto pelo prefeito. “Essa movimentação (saída do Cauc) está para ser concluída até o final da semana ou início da próxima. É uma conquista para a cidade, que viveu esse período tenebroso, sem poder captar recursos de convênios”, sugeriu a liderança da maioria. Ele, no entanto, nega haver uma previsão de data específica para Salvador deixar o cadastro de inadimplentes. “Falta muito pouco”, garantiu Rodrigues.

A retirada do município do Cauc é uma das metas estabelecidas pela prefeitura ainda no segundo dia de governo, quando foram editados 39 decretos que buscavam reconfigurar a administração municipal. Segundo ACM Neto, a matéria é “problemas invisíveis”, “que só enxerga quem está sentado na cadeira, quem está trabalhando na prefeitura”. “Eu diria que o maior desafio desses seis primeiros meses foi enfrentar os problemas invisíveis: colocar ordem na casa, trabalhar para fazer todo o ajuste administrativo gerencial na prefeitura”, completou o chefe do Executivo soteropolitano.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 17 de julho de 2013

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