MP aponta prejuízo de R$ 217 mil com improbidade administrativa de Henrique Carballal

Denunciado na última segunda-feira (13), o vereador de Salvador Henrique Carballal (PT) causou danos ao erário público da ordem de R$ 217 mil, segundo levantamento do Ministério Público Estadual (MP-BA), autor das ações penal e civil pública impetradas na Justiça. De acordo com a promotora Patrícia Medrado, que acompanhou as investigações, “existia o recebimento do salário total ou parcial e existia a figura dos funcionários-fantasmas, dos assessores parlamentares que estavam fora, que nem aqui pisavam os pés, mesmo porque moravam em locais distanciados”. Em entrevista nesta quarta-feira (15) ao programa Acorda Pra Vida, da rádio Tudo FM (102,5), a promotora assegurou que os grupos do MP-BA tiveram “o cuidado de não ser leviano, de não expor a figura do vereador desnecessariamente, sem base legal, sem fundamentação em provas realmente consolidadas”.

“Recebemos uma representação, que foi objeto de investigação junto ao nosso grupo que combate organizações criminosas, e isso resultou numa ação penal já proposta e também a ação civil pública, proposto pelo grupo que combate a corrupção”, explicou Patrícia. A ação foi proposta a partir do depoimento de um ex-assessor do vereador, porém outras provas foram colhidas durante a investigação. “Tanto documental quanto testemunhal, para quem prática na área jurídica, está robusta no sentido de indicar que realmente houve irregularidades e precisam do crivo do Judiciário”, garantiu a representante do MP-BA. Entre os dados colhidos e anexados às ações judiciais, a promotora relaciona “diversos depoimentos, de vários assessores, não só do assessor inicialmente representante, o depoimento inclusive desse assessor que estava em Brasília, o depoimento do assessor que estava em Santa Luz, o próprio depoimento do vereador, confirmando a existência desses dois assessores, diversas folhas de pagamento”.

“Nossa obrigação é zelar pelo patrimônio público e pelos princípios constitucionais de moralidade, de legalidade. Estamos lá para isso”, avaliou Patrícia. Segundo ela, apesar de rumores existirem na imprensa de que outras situações similares acontecem, o Ministério Público pode agir apenas quando provocado. “A gente não pode presumir que todos ajam dessa forma, porque aí a gente estaria taxando indevidamente”, indicou.

O vereador Henrique Carballal foi convidado a participar do programa, porém encaminhou nota justificando sua versão para o fato.

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