Dilma e Neto se encontram só em 2013

A esperada reunião entre o futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, e a presidente Dilma Rousseff deve acontecer apenas após a posse do democrata no Palácio Thomé de Souza. A expectativa foi confirmada pela assessoria de Neto e do governador Jaques Wagner, que no encontro com o prefeito eleito na última segunda-feira (19) se colocou como um interlocutor dos pleitos da capital baiana junto ao Palácio do Planalto. Apesar da perspectiva negativa de um prévio antes de 1º de janeiro, os assessores negam que haja qualquer tipo de arrefecimento na relação, apenas um problema de agenda impede que o encontro aconteça antes da posse.

ACM Neto embarcou ontem para uma missão internacional da Câmara Federal, acompanhando o presidente do Legislativo, deputado Marco Maia (PT-RS), e retorna ao Brasil apenas no dia 29. De acordo com a assessoria do ainda parlamentar, após a chegada ao país, o democrata se dedica a finalizar a composição do secretariado, com a previsão de que todos os nomes sejam do conhecimento público em 15 de dezembro. Segundo informações de bastidores, há um debate interno na equipe de Neto para verificar qual a melhor alternativa para divulgação dos integrantes do primeiro escalão da prefeitura, podendo acontecer paulatinamente, como vem acontecendo em São Paulo com o petista Fernando Haddad, ou com toda a equipe apresentada num único dia, na primeira quinzena de dezembro.

O democrata dedica-se ainda ao período final do Congresso Nacional, se preparando para renunciar a liderança do DEM e ainda ao calendário de votações da Câmara. Com essas circunstâncias, Neto trabalha com a hipótese de encontrar a presidente Dilma apenas em 2013, já como prefeito de Salvador. “A não ser que haja uma oportunidade e o governador o convide para um encontro antes disse”, disse uma fonte próxima ao prefeito. Do lado do governador, entretanto, a expectativa de uma reunião entre os comandantes do Palácio do Planalto e do Palácio Thomé de Souza, intermediado pelo morador do Palácio de Ondina, também é similar: deve acontecer no começo do próximo ano.

A principal razão é encontrar um espaço na agenda de todos os participantes do encontro. Pessoas ligadas a Wagner indicam que, até a reunião com Dilma, vai haver a colaboração e a discussão de projetos importantes para a cidade, que não precisam da posse do prefeito para serem colocados na pauta. Entre os destaques, do ponto de vista da equipe do governador, estão obras que já estão em andamento, como a Via Expressa e a Arena Fonte Nova, além de todo o entorno do estádio, que recebe a Copa das Confederações em junho de 2013. Outro ponto citado pelo interlocutor e que deve ser objeto de estudo desde os primeiros contatos entre a equipe do futuro prefeito e o governo do estado é a recuperação da orla marítima da capital baiana. “O governador quer trabalhar pelo bem de Salvador, independente do prefeito eleito ser membro de um partido da oposição”, afirmou uma fonte da reportagem.

Transição – A série de encontros entre a equipe de transição e as secretarias e órgãos municipais foi encerrada ontem, com a apresentação das secretarias de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), de Comunicação (Secom), do Gabinete do Prefeito e da Casa Civil. De acordo com o secretário municipal, Oscimar Torres, os trabalhos transcorreram de maneira transparente e todas as informações solicitadas foram transmitidas à equipe liderada pelo ex-governador Paulo Souto.

* Publicado originalmente na Tribuna da Bahia de 23 de novembro de 2013

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