Viciados, usuários e dependentes – o novo viés da publicidade

Na última semana, o governo da Bahia lançou um novo esforço para combater a expansão do crack na capital e nas cidades do interior, um problema de saúde pública. A campanha publicitária utiliza imagens de personagens conhecidos da mídia baiana, como o lutador Júnior Cigano, a cantora Margareth Menezes e o professor Jorge Portugal. As peças, entretanto, foram adaptadas e diversas montagens surgiram no facebook – na minha opinião a principal rede social para o compartilhamento de imagens desse tipo.

Veja também: Campanha contra o crack é satirizada por internautas baianos

Não é a primeira vez que usuários de redes sociais adaptam peças publicitárias para criar versões mais humoradas – ou cômicas – delas. Já aconteceu com trechos de cinema (Hittler defende Cláudia Leitte), com charges – substituindo falas – e fotomontagens. Esse nível de engajamento levanta uma discussão interessante sobre a interação do público com a publicidade.

Com esses usos das campanhas nas redes sociais, agências e publicitários tem que pensar campanhas não apenas para o seu uso restrito e específico para que foram contratadas. Muitas delas vão sofrendo modificações e adaptações de acordo com o extrato social do público, porém mantém as estruturas básicas – vide a campanha do governo da Bahia contra o crack, que, mesmo adaptada, mantém as logomarcas do programa social Pacto pela vida e do governo. Por enquanto, os usuários tem adaptado as peças publicitárias para a sátira ou para protestos. Resta saber se vai haver adaptação para outros viés. Essa é uma nova fronteira para a publicidade?

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