O conceito de pequeno
A chegada ao Estado de Idaho pelo Estado de Washington permitiu muito facilmente perceber como há diferenças claras entre noções de grandeza envolvendo culturas diferentes. A cidade em que deverei residir até o dia 15 de junho, Moscow – sim, é homônima à cidade Russa, mas fica nos EUA – possui pouco menos de 22 mil habitantes. Aquelas placas que aparecem em filmes realmente existem e marcam a quantidade exata de moradores que são cadastrados no sistema municipal.
Não foi possível decorar a quantidade exata de moradores, mas é, definitivamente, uma cidade muito pequena. Mas ainda assim é bem grande se comparada a algumas das imediações. Uma dessas cidades não possui mais do que três mil habitantes e outra possui apenas quatro construções no centro – uma loja que vende comida, o corpo de bombeiros, um bar e, por incrível que pareça, uma Loja Maçônica. Perguntei ao Greg Kimberling – meu “pai” em terras de tio Sam, que será perfilado um pouco mais pra frente – o motivo para cidades tão pequenas. A resposta foi que ambos os Estados (Idaho e Washington) tem como atividade principal as grandes fazendas e boa parte dos moradores não residem nos centros urbanos. Esses fazendeiros convivem com a neve durante todo o inverno e, agora, as plantações podem recomeçar com a chegada da primavera – a temperatura média tem sido 10ºC.
Boa parte do tempo estou em casa – que nunca é trancada, como todas as outras em Spokane. Minhas saídas limitaram-se a uma ida ao shopping local e a Spokane, centro urbano/ comercial da Região, localizado a 80 milhas daqui. A estrutura do pequeno shopping para atender a uma cidade de 22 mil habitantes deixaria com inveja boa parte das estruturas que conhecemos no Brasil. Lembrando que não podemos comparar tanto, pois as culturas são completamente diferentes. Apenas a Loja da AT&T é maior do que a iTown do Iguatemi – para efeitos comparativos mais fáceis.
Quando falei que minha cidade natal, Valença, possuía quase 90 mil habitantes, fui surpreendido com a afirmação de que morava numa cidade grande. Pois é. Nesses primeiros dias, a grande lição que tenho aprendido é que o que é pequeno para nós, para eles é muito, mas muito grande…
Depois conte se existem muitas diferenças e a sua experiência nos cinemas daí…
“o que é pequeno para nós, para eles é muito, muito grande”…rsss lá ele, mas eu pensei uma sacanagem….rsssss
Estou adorando acompanhar suas descobertas na terra do tio Sam.
Seus textos são deliciosos de se ler, continue a escrever.