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Torcedor inveterado do Bahia, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, foi instado por torcedores a manifestar-se sobre a posição do presidente do Esporte Clube Bahia, deputado federal Marcelo Guimarães Filho (PMDB) e defendeu a separação entre política e futebol. Para o peemedebista, “futebol e política envolvem paixão, e a associação entre os dois é inócua”.

Com o Bahia em crise administrativa, o partido pelo qual Guimarães Filho foi eleito suplente da Câmara Federal passou a ser atacado por torcedores, que pedem um posicionamento firme da direção do PMDB contrária ao parlamentar. Segundo Geddel, no entanto, Marcelinho já era presidente do Bahia quando procurou a sigla para se candidatar a deputado federal, e em momento algum houve a vinculação entre o gestor do time de futebol e o mandato do deputado federal.

“Quando o Bahia subiu para a Série A, na gestão de Marcelo Guimarães Filho, o PMDB foi elogiado? Quando o time foi campeão depois de muitos anos, o PMDB foi associado? Isso não aconteceu. Não tem por que fazer essa associação agora que há um desgaste do presidente do Bahia”, naturalizou Geddel, que não escondeu a insatisfação com o time do coração. “Não posso deixar de criticar a situação do Bahia, a minha dor é igual a de todo torcedor que sofre com o seu time”, avaliou o peemedebista.

Geddel sugeriu, entretanto, que “alguns de má-fé estão vinculando o PMDB à situação do Bahia. Mas encaro com muita serenidade essa situação. Não tenho posição a tomar sobre um filiado do PMDB que por acaso é presidente do Bahia”, afirmou o vice-presidente da Caixa.

“Não identifico de onde vem essa politização, mas é complicado colocar tantas pessoas envolvidas no meio político juntas e não falar nisso. Porém, cobrar lógica da paixão é ingênuo. Eu lamento que esteja havendo essa associação entre o PMDB e a situação do Bahia”.

*Publicada originalmente na Tribuna da Bahia de 21 de maio de 2013