Qual é a música, Eliana Calmon?
Depois da polêmica suscitada pela afirmação de que existem “bandidos por trás da toga”, há cerca de quatro meses, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, se tornou o alvo preferencial do corporativismo do Poder Judiciário. Tanto que, no último mês de dezembro, a crise chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que reduziu os poderes de investigação do CNJ, sob suspeita de não respeitar garantias constitucionais dos investigados – no caso, juízes de primeira e segunda instância.
Mas quem achava que o recesso do judiciário daria uma trégua à corregedora, se enganou. Com a posse de Ivan Sartori, no dia 02 de janeiro, como presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo – maior e mais poderosa corte brasileira de primeiro grau -, o bombardeio ao trabalho de investigação do CNJ voltou. “O temor é que não se respeite o devido processo legal, como tivemos no tempo do regime militar”, disse Sartori. Até para os leigos, comparar o trabalho do CNJ com a época de exceção da ditadura militar não aumenta a credibilidade do Poder Judiciário, principalmente quando a crítica vem do presidente de um dos tribunais investigados.
Diante desse embate entre CNJ e os outros togados, O Foca gostaria de perguntar qual a música que mais resume o momento vivido por Eliana Calmon, a corregedora paladina:
A) Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
B) Alegria, Alegria – Caetano Veloso
C) Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré
D) É doce morrer no mar – Dorival Caymmi